tag:blogger.com,1999:blog-63485525978161361832024-02-08T04:33:07.239-08:00Coelho na EstradaCoelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.comBlogger22125tag:blogger.com,1999:blog-6348552597816136183.post-69533549733401280022011-01-22T18:39:00.000-08:002011-05-17T21:39:35.098-07:0011 até 19 de janeiro<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span></span><span style="font-family: Calibri;">11 até 19 de janeiro - Outra vez vou ter de postar atrasado. Estamos seguindo por lugares que não contam com luz elétrica para carregar o computador, e também esse trecho da viagem acabou sendo bem cansativo o que desanima ficar teclando.</span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Levantamos no dia 11 por volta de 08:00 da manhã, o Francês, já estava partindo, com todas as coisas amaradas na bike, nós levantamos acampamento e arrumamos tudo nas motos para partir, faltam um pouco mais de 200 quilômetros de Ripio ruim para pegarmos o asfalto novamente. Deixamos Lá Siberia para trás por volta de 9 da manhã, debaixo de um vento forte e tempo nublado. Quando depois de rodarmos quase 1 hora, encontramos novamente o veinho Frances e sua bicicleta. O danado já havia percorrido uns 40 quilômetros, Nico e eu ficamos surpresos com a disposição do cara.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Já estávamos para acabar o penúltimo trecho de Rípio, quando comecei a ouvir um barulho alto de algo metálico batendo forte contra a parte inferior da moto, estava a uns 80 por hora mais ou menos e numa descida cheia de pedregulhos, no apavoro de tentar parar mais rápido brequei e perdi o equilíbrio indo pro chão. Foi rápido e feio, acabei com a perna direita presa debaixo da moto e sentindo dor forte no tornozelo e no joelho. Fiquei ali preso alguns minutos que pareceram horas. Bart e Nicola seguiam bem a minha frente, a moto deles eram trails e bem mais leve que a V-Strom, por isso seguiam mais rápido agora. Eles demoraram para perceber que eu tinha ficado para trás. Os primeiros que param foi um pessoal de um micro ônibus que vinha no sentido oposto. Foi uma raridade e muita sorte minha, pois as vezes passávamos horas sem cruzar com ninguém na Ruta, pouco depois chegaram os dois parceiros, eles levantaram a moto e assim que liberei o pé senti um alivio pois a posição que cai estava forçando uma torção em toda a perna direita que me imobilizou. Liberado, me arrastei para a beira da estrada vendo estrelinhas de dor. Deixei o povo tentando colocar a moto em pé, o que não é fácil, pois ela carregada beira os 300 kg. Primeiro me certifiquei de que não tinha quebrado nada, e então tentei ficar de pé, a dor no joelho e tornozelo direito estava forte, assim como na mão direita também. Só então passado uma meia hora, tomei coragem e fui ver o estrago na moto, por sorte não foi muita coisa graças ao protetor lateral do motor que mais uma vez salvou o dia. Alguns arranhões feios na frente e no protetor de mão, o pisca quebrado e o guidão e o retrovisor tortos foi o que notei de cara. O que estava batendo debaixo da moto era o cavalete central, que estava muito baixo e pegava constantemente nas pedras maiores da estrada. Isso ocorreu tantas vezes que a mola que prendia o cavalete voou longe e ele ficou pendurado batendo e fazendo a barulheira toda.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Com a ajuda do Bart coloquei o guidão e o retrovisor mais ou menos no lugar para poder tocar viagem, nesse meio tempo chegou um senhor com uma moto toda estropiada também devido a um tombo que levou no Rípio dias antes. O nome da figura é Ricardo Wrontiac, Argentino ele é professor aposentado, tem 68 anos e anda numa Java, uma moto com motor carburado, de 350 cc com um tanque gigante, 27 litros, com peças Chinesas e Indianas montada na Argentina. Ele havia caído 4 dias antes más seu tombo parece ter sido bem mais feio que o meu, tão feio que Ricardo esteve internado num hospital em observação em El Calafate por um par de dias. Pelo que ele contou caiu também devido aos pedregulhos gigantes desse trecho da Ruta 40. Realmente foi um erro pegar essa estrada com a V-Strom, especialmente sobrecarregado como eu estava!</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Depois de tomar um gole de água, tomar um bom fôlego do susto e amarrar o tripé pendurado, decidi tentar seguir viagem. Além disso sobravam poucas alternativas, ficar sentado na beira da Ruta quase deserta reclamando da vida não ia resolver nada. O Ricardo veio com a gente então, e seguimos mais uns 20 km e o Rípio finalmente acabou, e logo em seguida tinha também um pequeno povoado com um posto de gasolina e um bar, paramos ali para abastecer e avaliar as possibilidades. Logo mais a diante o Bart e o Nicolas iam separar-se de mim, pois seguiriam para o Chile para a Carretera Austral e eu ia para Bariloche uns 900 km a diante. Eles ofereceram mudar os planos e seguir comigo até o Rípio acabar, eu fiquei agradecido e bastante tentado a aceitar a oferta, mais achei chato atrapalhar a Trip dos caras, de qualquer forma insistiram muito e acompanharam até a próxima cidade, Perito Moreno que ficava 100 km adiante sendo de desses 60 tambem eram de Rípio, e 40 de asfalto. Confesso que fiquei muito grato e aliviado pela companhia deles, viajar sozinho até o fim do dia ainda mais numa estrada ruim não é uma coisa que me deixava muito tranqüilo.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Chegamos em Perito Moreno umas 5 da tarde, fomos então para uma farmácia comprar um remédio para as minhas dores. Consegui também achar um locutório e dar uma ligada em casa, falei com meu pai más não contei do tombo. Conseguimos achar um camping até bem legal, lá montamos as barracas e passamos a noite ali, o remédio que me deram não fez muito efeito pois a dor durante a noite foi muito forte e tornou o sono bem ruim.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Dia 12 já amanheci com bastante dor, más resolvi tocar viagem, combinei com Nicolas e Bart que nos separaríamos ali e eu seguiria com o Ricardo, pelos últimos 50 km de Rípio que restavam até finalmente pegar novamente o asfalto direto até Bariloche. Despedi então dos dois parceiros de vários dias de Rutas com dor no coração mais uma vez, é chato conhecer, fazer amizade e depois dizer adeus, muito provavelmente para sempre. Apesar de todos os percalços os meninos eram bem legais!</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Passei de novo na farmácia e comprei um nebuprofem mais forte de 800 mg, que então aliviou um pouco a dor, e toquei viagem com o Ricardo. O Rípio por incrível que pareça, conseguiu ficar pior... rss Nesse ultimo trecho, amarguei quase 3 horas para fazer os últimos 70 Km de terra, muita pedra solta, muito vento e um sobe e desce cheio de curvas sem que não acabava mais. Acabamos chegando em outro povoadinho, e ali o Ricardo abriu o bico, decidiu ficar por ali, pois também estava sentindo dores e estava exausto, eu já tava muito atrasado e não podia me dar ao luxo de descansar muito, então abasteci novamente a moto e segui viagem. O asfalto não estava muito legal também e a estrada estava deserta. Fui tocando bem na manha para não ter problemas. Pegando a Ruta por uma hora mais ou menos, encontrei uma turma de motociclistas parados na beira da estrada. Todos com motos BMWs novinhas, eram 9 caras com duas caminhonetes de apoio. Parei para conversar com eles um pouco, e descobri que as motos são todas de um senhor chileno que estava no grupo de guia, ele as alugava para viagens pela America do Sul inteira, normalmente para americanos e Europeus como era o caso dessa vez. A turma era bem animada, cumprimentei todos e conversando com eles e me disseram que estavam esperando outro grupo que estava para trás um pouco atrasado. O senhor chileno chefe da turma, me falou que o próximo posto de gasolina estava a 100 km, ele errou feio pois na verdade estava à 170. Tive de usar a gasolina que trazia em 2 garrafas pet de 2 litros e mesmo assim cheguei com o tanque quase vazio. Depois desse papo toquei então e depois de um tempo, umas duas horas, cruzei com as outras 6 BMWs desgarradas do grupo, seguindo em sentido contrario. Quando se passaram os 100 km do ponto que encontrei o primeiro grupo comecei a ficar bem preocupado, pois minha gasolina ficava baixa devido ao aumento de consumo pelo vento de frente que eu estava pegando. Quando começou a piscar a luz da reserva entrei em Governador Costa, não era uma cidade muito pequena más la também não se aceitavam pagamento com cartão de crédito nos postos de gasolina, também não havia dinheiro nas maquinas dos bancos, aqui chamadas “Cacheros”. O dinheiro em espécie também estava em falta devido ao grande fluxo de turistas que a Argentina estava recebendo. Eles haviam até mandado imprimir notas de pesos no Brasil por conta disso!</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Abasteci, tomei mais um comprimido para dor, descansei mais um pouco e segui, o tempo foi mudando rápido então, e esfriando bastante, depois de mais uns 200 km, cheguei em Esquel debaixo de um toró gelado. A cidade é muito bonita e senti não poder passar mais um dia lá para passear. Decidi então pegar um Hostel e dar um descanso da barraca, eu precisava dormir numa cama, em um lugar seco e com banheiro limpo, isso ajudou a levantar o meu moral e me restabelecer melhor. </div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">No dia 13 o tempo não melhorou, más resolvi seguir viagem mesmo assim para tentar chegar a El Bolson, onde me disseram que haviam coisas muito legais para conhecer. Depois de uns 200km de chuva e bastante frio cheguei lá. El Bolson, é cidade turística e estava tudo lotado. Fui ao centro de informação de turistas e lá já me desanimara de achar acomodação. Mesmo assim resolvi procurar, rodando por todos os hosteis e hotéis que consegui ver, descobri que não tinha mais nenhuma cama ou quarto vagos baratos. Haviam sim alguns poucos os hotéis com disponibilidade más eram muito caros e eu ainda não estava preparado para montar a barraca novamente, sendo assim, mais uma vez resolvi tocar o bonde e tentar então chegar até Bariloche. Não teve jeito, não consegui, andei uns 100 km e tive de parar num lugar que era um restaurante/pensão de beira de estrada, devido a chuva forte e ao frio, eu já estava congelando de frio e sentindo que ia ficar gripado. Todo molhado apesar de estar usando a capa de chuva resolvi ariscar e ficar por ali. Foi a decisão mais correta dessa viagem até o momento! Foi uma surpresa muito boa parar ali, não havia muito movimento no lugar e o pernoite em um quarto só para mim saiu 80 pesos, mais 30 pesos por jantar que tinha cerveja gelada, bife, pão de alho, batata e torta frita. Eu tava precisando muito dessa caloria toda. Alem de tudo isso a moça que atendia por lá, compadecida do meu estado precário se ofereceu para secar a minha roupa, foi uma maravilha. Minha calça de viagem não secava direito há muito tempo devido ou ao suor ou a chuva que eu tomava diariamente (imagina o cheiro que não tava também....).</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Bom no dia seguinte o clima não mudou nada, então aproveitei para dormir até mais tarde e descansar o esqueleto. Faltava pouco para chegar a Bariloche e decidi já que ia ficar lá alguns dias para conhecer e passear. Sai por volta de 2 da tarde, quando a chuva deu uma trégua, só que andei um pouco e começou a cair água novamente. Cheguei em Bariloche e fui procurar o escritório de turismo para saber onde havia hosteis com lugares disponíveis. Me indicaram um, e fui para lá, dei sorte mais uma vez, pois tinha apenas uma cama sobrando, o lugar é muito bom limpo e organizado, chama-se "Hostel San Antonio" e é tocado por um casal novinho, o Tika e a Marcela, os dois Argentinos e muito gente boa. Infelizmente só não dei sorte com os companheiros de quarto, eram 5 caras israelenses sujos e mal educados. Os pilantras faziam a maior zona a noite no quarto e alem disso causaram confusão com outras pessoas do Hostel por fumar roubar comida da geladeira. Não gosto de generalizar, más percebi que os israelenses, quando viajam em grupos sempre causam confusão. O mesmo se passou em Ushuaia, em El Calafate, El Chalten e aqui agora. Infelizmente tive até de ir comprar uns cadeados para trancar minhas coisas, e isso não se fez necessário até agora na viagem depois de quase 30 dias. Sendo assim é difícil não se criar uma má impressão deles.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Resolvi ficar em Bariloche até dia 19. Infelizmente em função da chuva, do frio, do desgaste físico e principalmente da falta de grana que andava curta, não fiz muita coisa e deixei de visitar muita coisa bacana. Uma pena pois aqui as opções são muitas mesmo. O Tika, dono do Hostel, é guia turistico e também anda de moto. Ele deu altas dicas de lugares para que eu conhece-se!</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Basicamente fui a lugares onde não se precisava pagar para entra, más nem por isso deixei de conhecer paisagens muito interessantes. A liberdade de estar de moto é uma coisa muito boa, deixei a bagagem no Hostel e por dois dias circulei pelas montanhas, parques, estações de esqui de Bariloche e pela cidade, que em si só já é também uma linda atração mesmo no verão! A cabei encontrando na cidade onde fui comprar umas camisetas e lembracinhas, um grupo de motociclista brasileiros na rua. Todos eles, uns 8 no total, com camisetas e roupas de moto e falando português alto, o que tornou fácil identificá-los. Fui conversar com eles, estavam seguindo no sentido contrário, seguiam sul e eu ia para o norte. Fomos a um café e tomei umas cervejas com alguns deles e então fui para o Hostel, descansar e me preparar para atravessar para o Chile.</div></span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span></div></div>Coelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6348552597816136183.post-79962603176839354402011-01-14T20:12:00.001-08:002011-05-17T20:20:18.095-07:0003 à 10 de Janeiro de 2011<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span></span><span style="font-family: Calibri;">A correria esta grande e não estou encontrando jeito de postar mais. Por isso hoje dia 10 de Janeiro, vou fazer um resumo da última semana.</span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">No dia 3 de janeiro nos avisaram que precisaríamos desocupar os quartos no Hostel, pois estes já estavam reservados, por isso mudamos de Hostel e decidimos que dia 4 sairíamos com destino a Provenir, e depois para Punta Arenas no Chile. Na parte da tarde do dia 3 fomos eu, Nicolas, Bart e uma amiga do Nicolas a Samantha, dar uma volta por uns lugares da cidade que não conhecíamos ainda. A Samantha conhece bem Ushuaia pois trabalha como aeromoça na Austral e tem uma tia morando na cidade, então esta sempre por lá e conhecia tudo, foi uma excelente guia turística para nosotros.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Depois de darmos uma revisada geral nas motos inclusive comprando câmaras de ar novas para o Bart, empacotamos tudo e partimos dia 4 de janeiro outra vez meio atrasados. Já saímos da cidade com um vento de lascar, e pouco antes da fronteira com o Chile o Nico pichou la cubierta (furou o pneu). Isso já tomou mais umas duas horas, até conseguirmos providenciar o concerto.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Na seqüência chegamos na fronteira e depois da burocracia costumeira, ingressamos na estrada de Rípio no lado Chileno que nos levaria a Porvenir. Já eram mais de 5 da tarde e estávamos bem cansados, mesmo assim estávamos contando em chegar a Porvenir para pegar a Balsa que partiria as 8 da noite, o que não contávamos era com o Bart furando o pneu também, só que agora no meio da estrada de Rípio, no meio do nada e sem ferramentas para providencia o concerto do pneu, que era de câmara. Como única opção emprestei a ele um spray reparador de pneu e também meu compressor, acabamos enchendo o pneu. Deu certo apesar de demorar bastante, más logo em seguida o cabeçudo do belga, saiu que nem um louco correndo na estrada de Rípio esburacada, e desapareceu na nossa frente, depois de percorrer mais uns 50 km demos com ele encostado na beira da Ruta. Tinha furado o pneu novamente, como já eram mais de 10 da noite e já havíamos perdido a balsa, resolvemos armar as barracas na beira da estrada e dormir ali. Para mim nas mesmas condições de antes, sem saco de dormir e dormindo de roupa! De manha foram os dois para a Porvenir na moto do Nicolas, levando o pneu para consertar numa borracharia, apesar de estarmos bem perto da cidade, até concertarem o pneu e voltar para montar a roda, já eram mais de 11 da manhã e então perdemos de novo a Balsa que sairia as 8 da manha para Punta Arenas, a próxima sairia só as 8 da noite. Já estava começando a ficar grilado com os parceiros pelo atraso!</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Sem ter outra opção fomos para o cais esperar a Barca. Eram por volta de 15:00 horas. Lá encontramos os dois Belgas que eu havia encontrado em Comodoro Rivadavia, o Rudy e a Sofia, que rodavam em BMWs 650 e 800, encontramos tambem um Catalão, o Mikael, que rodava numa Africa Twin igualzinha a do Nicolas inclusive com as cores e do mesmo ano. Os três trouxeram as motos de navio da Europa e os três passaram maus bocados para liberá-las na aduna de Buenos Aires.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Depois de passarmos boa parte do dia batendo papo, finalmente embarcamos na Balsa e zarpamos para Punta Arenas, e lá chegando, fomos os 6 para o mesmo Hostel, que para nossa surpresa estava lotado, e a opção foi armar a barraca novamente no pátio, e depois de toda a correria de armar barraca procurar o que comer e tomar banho fomos dormir pregados por volta de 1 da manhã.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">No dia seguinte, fomos a zona franca de Punta Arenas e compramos umas coisas. Eu comprei uma barraca e um tapete térmico e um saco de dormir pois estava cansado de usar a barraca do Nicolas e dormir no chão, era bem desconfortável. Eu sabia que em breve iríamos nos separar e eu precisaria de uma de qualquer maneira. Em seguida fomos tambem comprar um pneu e uma câmara nova para o Bart, que apesar disso resolveu continuar usando o pneu e a câmara velha e gasta que havia reparado em Porvenir. Isso não cheirava a boa coisa...</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Dia 6 saímos com destinos a Puerto Natales e para surpresa deles, más não minha, o Bart furou o pneu de novo, e de novo no meio do nada. Por sorte eles haviam comprado ferramentas para poder tirar o pneu e trocar a câmera na Zona Franca. Quando eu vi o estado da câmara de ar, eu não acreditei, tava toda remendada, e mesmo assim o cabeça de bagre resolveu trocar só a câmara e continuar usando o pneu velho. Não precisa nem dizer né... Más por conta disso o pneu furou de novo uns 200 km depois e com isso chegamos a Puerto Natales por volta das 8 da noite onde dormimos num camping. Eu já com a barraca nova e com o saco de dormir descansei um pouco melhor pelo menos.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Dia 7, amanheceu bem nublado, e por conta disso e pelo atraso geral da viagem, acabei não indo visitar o Parque Nacional de Torres del Paine no Chile, os dois também não colaboraram muito novamente, o Bart já conhecia o lugar e o Nico não mostrou interesse em passar um dia a mais em Puerto Natales para fazer a visita. Foi bastante frustrante, pois esse é um lugar lindo pelo que ouvi dizer, más as coisas nem sempre correm como programado mesmo. Logo que montamos as motos para sair desabou um temporal, e ficamos presos em Natales até quase meio dia, e só ai levantamos ancora de novo, agora com destino a fronteira de Chile e Argentina e a cidade de El Calafate.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Para variar o script furou novamente o pneu do Bart, como já estávamos acostumados e treinados, e o ocorrido foi perto de um posto de gasolina no meio da Ruta, demoramos só uma hora e meia para realizar o concerto, e então muito cansados chegamos a El Calafate quase 9 da noite ainda com luz do sol, aqui nessa época do ano, escurece por volta de 10 da noite, procuramos e achamos um Hostel baratinho para podermos descansar melhor, depois fomos jantar. Tomamos algumas cervejas e comemos uma pizzazinha bem meia boca e voltamos para o Hostel. Já era por volta de 2 da manhã, e eu cai na cama do jeito que tava, não consegui tomar nem banho, só acordei por volta das 9 da manha do dia seguinte.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">No dia 8, ainda cansado e bastante estressado, acordamos os três, tomamos um café num posto de gasolina onde abastecemos para ir ao Parque dos Glaciares. O lugar é muito lindo, e apesar de estar meio longe da cidade, uns 70 km por ai, do vento forte e da Ruta ser muito sinuosa, valeu demais a visita. O visual de estrada, e do parque são maravilhosos, eu nunca tinha visto nada igual. Voltamos para o Hostel por já volta de 4 da tarde e pegamos nossas coisas para então para seguir até El Chaltén. Mais uma vez o visual do deserto da Patagônia me impressionou bastante. Desta vez como o pneu do Belga não furou, chegamos a El Chaltén por volta das 8 da noite, não havia lugar em nenhum Hostel e a única opção foi o pior camping da Argentina, o "El Relincho", caro e sem estrutura nenhuma. Chegamos com lá com muito vento e isso só iria piorar nos próximos 2 dias.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Dia 9 de janeiro acordei muito cansado umas 8 da manhã, essa de viajar longos períodos e dormir na barraca não esta sendo fácil, más mesmo assim foi muito bom tê-la comprado pois sem ela não teria nem onde dormir nessa cidade perdida no meio do nada. Os três estavam com a bateria meio baixa, más mesmo assim e apesar do tempo nublado resolvemos sair para fazer um trekking até o famoso monte Fitz Roy, onde viemos a saber, um brasileiro chamado Bernardo havia morrido 2 dias antes tentando escalar a montanha. Nosso programa era só fazer uma caminhada de 4 horas no meio da mata até o pé da montanha. Depois de 2 horas andando no sobe e desce dos morros o meu joelho começou a doer muito, ai eu desisti, resolvi voltar e Nicolas e Bart seguiram.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
Quando eu estava voltando as 2 horas que gastei na ida viraram 3 na volta, pouco antes de chegar de volta na cidade encontrei um vira latas na trilha que começou a me seguir, encontramos um monte de gente no caminho e o povo pensava que o cachorro era meu de tanto que ele ficava perto de mim. A amizade entretanto durou poucas horas, pois assim que estávamos a um quilometro da cidade começou um vendaval que tornava andar uma missão quase impossível. Quando cheguei no descampado, não acreditei no que eu vi. O cachorro, que não era dos pequenos, não conseguia mais me seguir por causa da ventania, foi ai que acabou a parceria... rsss<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Cheguei de volta no Hostel por volta das 3 da tarde, e da pra diante o tempo só fez piorar, e eu me enfiei na barraca e dormi até as 19:00 horas, quando chegaram os dois parceiros. Segundo eles, conseguiram chegar ao pé da montanha só que ficaram tão cansados que não tiraram fotos. Honestamente eu não acreditei na historia.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
Logo que escureceu, depois das 10 da noite encontramos, 4 garotos de São Paulo que nos convidaram para fazer um churrasco improvisadissimo. Eu e o Bart havíamos comprado umas cervejas e com isso podemos participar da festa. Os garotos faziam engenharia em São Paulo, e tinha a mesma idade na media dos 22. Ficamos com eles então até meia noite e meia e fomos dormir.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">O dia 10 amanheceu cinza e ventando bastante forte o que não parou mais. Dessa vez foi a bateria da moto do Bart que arriou, por isso ficamos presos em El Chaltén até 4 da tarde. Foi uma prova de paciência para mim. Estava quase largando os dois e desistindo de encarar a Ruta 40 e voltando para El Calafate, más depois de tanto atraso o único jeito de ganhar tempo seria enfrentando a pedreira que eu sabia que seria a famigerada Ruta 40. Resolvi seguir com eles. Viajamos em asfalto uns 90 km depois de El Chaltén e ai então começou a pedreira. O Ripio a partir de Tres Lagos até Rio Mayo é muitissimo pior ao que encaramos indo e voltando de Ushuaia. Foram uns 500 km sendo que por volta de 400 de Ripio bem ruim. Dado a essas condições, não pudemos terminar a viagem no mesmo dia como programado, e paramos numa Estância a "La Sibéria", o nome já reflete o isolamento do lugar. Chegando lá, o canalha do dono dessa parada de ônibus no meio do deserto, nos cobrou 5 pesos por litro de gasolina, que normalmente custa 2,20 e 90 pesos para deixar-nos montar a barraca no fundo do quintal e por um prato de macarrão com carne. As condições do lugar eram bem ruins, o banheiro era uma imundice também. Bem a parte disso o interessante do dia ficou por conta de um senhor Frances que encontramos lá. Ele viajava sozinho e de bicicleta, isso me fez ter vergonha de estar tão mal humorado e me sentindo tão acabado, más o Jean Marcus, o senhor Frances é um aventureiro profissional, que já viajou o mundo todo de moto, carro e bicicleta, incluindo quase todos os países da Africa e da América do Sul. Ficamos entretidos os três com as historia dele até quase meia noite, e depois disso fomos dormir.</div></span><span style="font-family: Times New Roman;"> </span></div>Coelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6348552597816136183.post-3201701331896388382011-01-14T18:16:00.001-08:002011-05-17T19:09:44.369-07:0002 de janeiro de 2011<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>O combinado não deu muito certo...</span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Acordamos tarde pois os três ainda estavam cansados da viagem. Levantamos, fomos a um posto abastecer as motos e nós mesmos, e ai então seguimos para o parque. O dia estava muito bom, o sol havia saído com força, sem nuvens e bem quente até. A estrada para o parque não era boa, tinha muita pedra, poeira e movimento de carros e vans, sempre andando muito mais rápido do que deveriam. Fomos com muito cuidado, más isso não foi suficiente para evitar que eu e o Nicolas fossemos derrubados. Eu por uma van que nos ultrapassou para logo em seguia nos fechar numa curva, e o Nico logo em depois numa outra curva só que no caso dele foi mais forte o tombo. Por muita sorte quase não houve danos nas motos e ninguém se feriu tambem.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Depois de camelar pelo parque quase todo atrás do Bart (o cara parece um camelo), e de nos perdermos nas trilhas, voltamos quebrados para o Hostel más cheios de fotos daquele lugar lindo. Fomos então fazer uma janta com uma turma de franceses, israelenses e um carinha das ilhas Mauritios! Enchemos a lata, demos muita risada e fomos descansar para o dia seguinte.</span></div>Coelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6348552597816136183.post-25703985682668558372011-01-14T17:56:00.001-08:002011-05-17T18:57:28.597-07:0001 de Janeiro de 2011<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Primeiro dia de 2011</span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Acordei meio tarde e ainda pregado de cansaço pelo dia de ontem, pelo menos o tempo já estava melhor e resolvemos ir ao Parque Nacional para visitar, o ultimo lugar que se pode alcançar à Sul por via terrestre no continente Americano, o famoso "Parque del fin del Mundo". Chegando próximo do parque uma guia turístico, que dava orientações nos recomendou a vir no dia seguinte pois havia muito movimento naquele horário e perderia-mos muito tempo em filas até conseguirmos entrar. <br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Então resolvemos voltar pra cidade e tentar no dia seguinte. Bart foi para o Hostel, o Nico foi encontrar uns amigos argentinos e eu fui dar uma volta para o lado do porto e no trecho pouco antes da entrada de Ushuaia que tinha umas paisagens muito legais, e que no dia anterior não havíamos aproveitado, por causa da chuva e frio, do adiantado da hora e também devido ao cansaço geral.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Andei por umas 4 horas e tirei várias fotos, e já de volta ao Hostel fui até o locutório para ligar para casa, e lá conheci umas meninas de Israel que estavam chegando a cidade, muito lindinha, elas procuravam lugar para ficar então passei o endereço do Hostel para elas. Infelizmente parece que encontraram outro lugar antes... <br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Voltando a cidade, não tinha muita coisa para fazer pois o comércio continuava fechado, ai então voltei para o Hostel e fiquei de bobeira por lá dando uma atualizada nos emails e conversando com o pessoal.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Combinamos os três de pular bem cedo para irmos ao parque no dia seguinte, e podermos aproveitar mais o dia.<br />
</span><span style="font-family: Times New Roman;"> </span></div>Coelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6348552597816136183.post-63446042083000530352011-01-03T09:02:00.001-08:002011-05-17T18:35:39.121-07:0031 de Dezembro de 2010<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span></span><span style="font-family: Calibri;">Acordei bagaçado, terminados de amarrar tudo na moto e tocamos a viagem, fomos até a fronteira do Chile e fizemos a burocracia da aduana para poder continuar a viagem, paramos num pueblozinho (vilarejo), logo depois da fronteira abastecemos a moto e fomos comer no único restaurante aberto. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri;">A comida não caiu bem para nenhum dos três, ficamos eu e o Bart meio mal do estomago, más o Nicola ficou acabadão, mesmo assim tivemos de encarar o Rípio. A estrada já estava melhor do que eu esperava e tocamos por volta de 60 a 70 por hora apesar do vento lateral que estava forte pra caramba.</span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
Chegamos a outra fronteira agora para passar do Chile para a Argentina. O tramite foi mais rápido, porem agora ficamos os três no banheiro eles vomitando e eu com uma diarréia terrível. Depois disso seguimos a viagem e mais ou menos uma hora depois disso começou a melhorar o visual que de desértico, mudou totalmente, começamos a passar por regiões mais verdes e com montanhas e rios. Também já se podia ver o gelo, e apesar de estarmos acabados, descemos algumas vezes da moto para admirar a paisagem, e que paisagem viu! Chegamos a Ushuaia, por volta das 22 horas e ainda era dia claro, já com o frio forte e uma chuva fina. Encostamos no Hostel que havíamos reservado. Sorte Nicola ter feito a reserva, o lugar estava lotado e haviam entre o pessoal, gente de várias nacionalidades, e também alguns brasileiros, e todos eles já haviam tomado umas e outras, já estavam no clima de festa de fim de ano.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
Descarregamos as motos e fomos tomar um banho e depois nos juntamos a eles para comer um pouco e tomar umas cervejas para relaxar e depois fomos dormir.<br />
<br />
Fiquei meio triste porque não consegui ligar para o meu pai e dar o feliz ano novo, estava tudo fechado, e não houve como fazê-lo.</span></div>Coelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-6348552597816136183.post-2173916370683853712011-01-03T08:40:00.000-08:002011-05-17T18:21:28.427-07:0030 de Dezembro de 2010<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span></span><span style="font-family: Calibri;">Levantamos por volta de umas 9 da manha e o Nicola se ofereceu para ir fazer a reserva para mim por telefone no Backpacker de Ushuaia, enquanto isso eu fique arrumando a bagagem e acertando o pagamento.</span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Pegamos a Ruta por volta de 11 da manha, paramos no posto que estava na saída da cidade e enquanto estávamos abastecendo chegou um cara com uma chopper da Yamaha, era o Armando Carvallo, um argentino de Rio Gallegos, que muito “profeticamente” nos aconselhou a tomar cuidado com os Guanacos, uns bichos parecidos com a Lhamas, bem grandes, eles tem por volta de uns 200 a 250 quilos e são compridos e ágeis como veados.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Saímos então do posto, e tocamos rumo Sul, depois de uma meia hora mais ou menos o Armando nos ultrapassou andando forte, nos estávamos a 120, ele passou dando tchau e eu lembro de pensar que ele sendo da região conhecia bem a Ruta para poder acelerar...</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Bem passados uns 30 minutos, eu seguia na frente e quando terminou uma seqüência de curvas descendentes, vejo uns ônibus e uns caminhões encostados e no meio deles a moto do Armando, ou o que sobrou dela, e ele estirado no chão, paramos bem a tempo, pois o povo que o estava socorrendo, estava dando-lhe água e o colocaram deitado com a jaqueta servindo de travesseiro.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Pedi que não dessem mais água e que não o movimentassem mais, um motorista de ônibus que estava ajudando não gostou muito de eu estar interferindo, mais depois de explicar a situação ele concordou. Combinamos então que o Nicolas que é Argentino seguiria só para Rio Gallegos, que estava a pouco menos de 100 KM, e entrasse em contato com a família de Armando, e tambem providenciasse uma Ambulância. Em quanto isso ficamos eu e o Bart com o Armando.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Ele estava em choque e gradativamente foi recobrando a consciência, conversando com ele já fomos vendo que ele tinha o pulso e algumas costelas quebradas e escoriações pelo rosto. Ele estava usando um capacete escamoteavel que se abriu com o impacto com o solo e ele estava com um hematoma vermelho no queixo e sangrava pelo nariz.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Ficamos nessa agonia por uma hora ai chegou uma caminhonete da Petrobras com dois Argentinos gente boa que passaram um radio para base dele que era próxima, uns 40 km, de onde estávamos, e pediram que viesse uma ambulância e um paramédico para socorrer-nos.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Foi a salvação, pois como descobrimos depois o Nicola não tinha conseguido acionar a ambulância da estrada pois os telefones não funcionavam, e então ficou tentando sem sucesso, de outros lugares sem chegar a<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Rio Gallegos. O paramédico da Petrobras chegou primeiro, trouxe com ele uma maca e examinou o Armando, e constatou que aparentemente não sofrera nenhum dano cerebral. A ambulância da Petrobrás chegou uma hora mais tarde, embarcamos o Armando e colocamos a moto em cima de uma caminhonete e seguimos para Rio Gallegos. O pessoal da Petrobras tambem acionou uma ambulância de Rio Gallegos que nos encontrou na estrada, e de lá finalmente fomos para o Hospital. A coisa toda demorou umas 5 horas e ainda sim considero que o Armando deu muita sorte pois a estrada era muito herma, e as condições como os telefones de SOS fora de serviço não favoreciam o socorro.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Deixamos o Armando no Hospital e nos certificamos que a família estava avisada e seguimos viagem pois ainda tínhamos de concertar a moto do Bart e chegar a tempo de pegar a Balsa para atravessar para ilha. Foi corrido e acabamos chegando no porto da balsa meia hora antes da ultima balsa, por volta das 11 e meia da noite.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">A travessia durou uma meia hora e por conta da escuridão não deu para apreciar a paisagem, tambem começava a fazer muito frio e o vento estava forte. Depois da travessia, o Nicolas e o Bart me falaram que iriam acampar, eu fiquei preocupado pois não tinha barraca e nada de Camping comigo, o Nicola me ofereceu a barraca dele para passar a noite, eu topei mesmo porque não tinha outra opção, só que tive de passar a noite de roupa e sem saco de dormir. Com o frio e ventania, foi uma noite difícil. O dia de fortes emoções então terminou assim.</div></span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"></div></div>Coelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6348552597816136183.post-62975929313400206052011-01-03T08:04:00.001-08:002011-05-17T14:47:16.700-07:0029 de Dezembro de 2010<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Não pude sair muito cedo, pois tive de ir correr atrás de combustível por conta do racionamento. Logo na saída de Caleta Olivia encontrei dois caras de moto. Uma Kawazaki KLR 650 e outro numa Africa Twin. Fomos tocando junto então e paramos todos no primeiro posto que achamos.</span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Fui conversar com os caras, e os dois eram muito gente boa. O da KLR era Belga Bart e o da Africa Twin Argentino o Nicola, conversamos um pouco e como eles seguiam sul para Ushuaia me convidaram para tocar com eles, topei na hora.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Foi legal alem dos caras serem muito gente boa, viajar com companhia nessa Ruta é importante porque as distancias sem nada são muito grandes e há muitos animais soltos na estrada, principalmente Guanacos e umas Emas. <br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Eu mesmo quase bati num Guanaco, embora estivesse indo devagar, não pude fazer nada quando o bicho, sem dar sinal pulou na frente da moto. Passei raspando por ele, e fiquei uma meia hora para recuperar do susto. <br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Acompanhá-los foi bom também porque podemos dividir o alojamento em Comandante Luis Piedra Buena, o que sempre ‘e mais barato para 3 do que para 1. Chegando na cidade fomos “abordados” por um cara numa Fazer 1000 o nome dele era Mario, ele nos convidou para uma Parilla e aceitamos na hora. Estava muito bom e o Mario deu-nos umas indicações sobre onde encontrar uma oficina em Rio Galegos, o Bart precisava trocar a relação que estava mal.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Alugamos uma casinha muito legal, a casa del Descanso em Comandante Luis Piedra Buena, outro lugar bom para se conhecer se estiver passando de moto pela Ruta 3, o lugar é novo, limpo, barato e foi a melhor cama aqui na argentina ate agora.<br />
</span><span style="font-family: Times New Roman;"> </span></div>Coelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6348552597816136183.post-10842444255420357702011-01-03T08:01:00.000-08:002011-05-17T14:35:17.865-07:0028 de Dezembro de 2010<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span></span><span style="font-family: Calibri;">Acordei mais tarde, descansei bastante e me senti descansado. Dei uma volta na cidade, liguei para o Brasil e fiquei sabendo que o meu cartão estava querendo me “bloquear”, porque não havia comunicado que ia viajar. </span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Depois fui almoçar e voltei à loja de motos Coyote, para saber o preço do óleo para trocar, más o preço estava fora da media e eu ainda tenho uma folga de uns 500 km para chegar na quilometragem recomendada para a troca então fiquei de papo como rapaz que trabalha lá e então fui fazer uma comprinha no supermercado, la encontrei uma mulher brasileira que vivi em Caleta Olivia, Márcia é gaucha e depois de conversarmos um pouco me convidou para visitar sua casa e conhecer seu marido Franco. Os dois muito simpáticos me convidaram para voltar e visitá-los.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>De lá peguei minha câmera e o tripé e fui de novo visitar a Loberia. <br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Quando cheguei lá só haviam apenas 2 lobos, que estavam sendo importunados por um bando de crianças e seus pais ignorantes, que numa praia de uns 5 km de largo estavam justamente no cantinho de 50 metros que os lobos costumam tomar sol juntos. Os imbecis ficaram tentando espantar os lobos por um bom tempo. Fiquei muito chateado, porem fiquei só assistindo o espetáculo. De repente, um pouco mais a direita, começaram a sair do mar vários outros Lobos, contei 27 no total, e foram se jogando na praia de pedregulhos para tomar um solzinho.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Aproveitei então para tirar um monte de fotos e cheguei então mais perto dos lobos de que ontem, fiquei a pouco mais de um metros dos mais tranqüilos. São muito bonitos de se ver mesmo, más peidavam e arrotam o tempo toco. Pode-se imaginar o cheiro, com a dieta rica em peixes deles. Foi legal fiquei lá umas 2 horas e matei a vontade de ver lobos marinhos.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
Na volta passei por uma praia e em frente de uma casa tinha um quadriciclo enorme, parei para tirar uma foto e dar uma olhada e o dono apareceu. Achei que ia reclamar pedi para tirar fotos e o car veio falar comigo e foi muito simpático. Seu nome é Juan e ficamos batendo um papo até que chegou outro camarada com outro quadriciclo e se juntos ao papo. Os dois deram algumas dicas sobre as Rutas.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
Voltei para a pensão tomei banho e depois fui comer uma Parilla no centro da cidade num restaurante chamado El Puerto. Lá descobri que o dono Carlos é motociclista tambem e viaja muito. <br />
<br />
Ele foi com o guarda marinha que conheci no dia anterior para cobrir toda a Ruta 40, ambos com Hondas Falcons e fizeram 12 mil Kms. Carlos tambem conhece e é amigo do Jorge “Pollo”, de Azul, já morou no Rio de Janeiro. Ficamos de papo, sobre motos e viagens é claro até a meia noite, depois disso fui para o Hotel, para tomar outro banho e dormir para me preparar para viajar no dia seguinte.<br />
</span><span style="font-family: Times New Roman;"> </span></div>Coelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6348552597816136183.post-10160649453313513412011-01-03T08:00:00.001-08:002011-05-17T14:28:33.704-07:0027 de Dezembro de 2010<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span></span><span style="font-family: Calibri;">Andei pelo centro da cidade, e parei na fila de um posto para abastecer e colou um menino com uma Yamaha 150, novinha, ficamos conversando e como a fila tava muito demorada resolvemos sair fora. O garoto que se chamava Javier, me levou para uma loja de moto bem bacana que se chama El Coyote, La ficamos proseando eu ele e o dono da loja outro carinha novo muito gente fina que fez questão de me adicionar no Facebook para manter contato comigo.</span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Depois disso fui andar mais um pouco e acabei pegando a avenida da praia e na saída da cidade parei no porto, lá um guarda muito gentil da Pefectura Naval, (guarda Costeira da Argentina) me deu altas dicas da city e me passou o caminho da Loberia que ficava ali perto.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Fui até a Loberia que fica uns 8 km a diante num caminho misto de Rípio e asfalto, valeu demais apena, pois lá sim pude ver os Lobos marinhos de perto, perto mesmo, fiquei a 2 metros deles, lamentei estar sem a câmera mas fiquei de voltar no outro dia com ela. Que bichinho legal, tem um jeito relachadão e são lindos. São mansos se você esta na água não fazem nada com você, te ignoram ou talvez venham brincar com você, porem quando estavam em terra por se sentirem indefesos podem te morder se você os tocar, é o que me disseram e resolvi não testar fiquei apenas admirando, apesar de a tentação de abraçar aquele bichão gordo fosse muito grande!<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Voltei para a pensão e fui dar uma descansada eram 5 horas, apaguei, acordei de novo assustado pois já eram 10 da noite, tinha esquecido o GPS na moto e precisava ir abastecer. Graças a deus nada aconteceu com o GPS, à cidade parece ser mesmo muito tranqüila, fui no posto de gasolina e depois de uma hora de fila consegui abastecer, voltei para o hotel e apaguei de novo.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Finalmente o dia acabou bem e com saldo positivo!</span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div></div>Coelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6348552597816136183.post-19114857207876106342011-01-03T07:58:00.000-08:002011-05-17T14:25:02.880-07:0026 de Dezembro de 2010<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span></span><span style="font-family: Calibri;">O dia que não terminou...</span><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Bom depois de fazer os piores 300 km da viagem cheguei a Comodoro Rivadavia, morto de cansado, entrei no primeiro posto que eu vi, já eram uma da manhã, estavam fechando e não me deixaram nem usar o banheiro. Fiquei puto pois eu estava visivelmente cansado. Um guarda provincial (de Azul...), foi mal educado comigo e não quis me dar nenhuma informação.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Bom segui e parei em outro posto uns 10 km a diante. Lá usei o banheiro e comi algo, dei uma relaxada de uns 30 minutos e sai à busca de um lugar para ficar. Fui a todos os lugares e para minha infelicidade descobri depois de umas 3 horas que Comodoro Rivadavia é um dos lugares mais caros para se ficar na Argentina, pelo menos até agora. Apesar de não ter merda nenhuma de atração na cidade, a demanda por acomodação é muito grande devido ao grande numero de trabalhadores nas petrolíferas. O Quarto mais barato, porem um lixo, que achei custava 130 pesos e o resto tudo acima de 200, e quase nenhum tem cochera (como se chama a garagem por aqui).<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Bom depois dessa, eu parei num posto da ACA, YPF, e fiquei conversando até amanhecer como segurança e o atendente da conveniência. Ambos muito gente boa, fiquei lá até umas 7 da manhã, depois disso rodei mais um pouco em vão tentando achar um lugar para ficar. Desisti, parei em outro posto e fiquei lá ate o comercio abrir. Então fui num centro de informação e apesar da simpatia do tratamento, não conseguiram me ajudar a arrumar um lugar para ficar. Muito puto da vida resolvi tocar para Caleta Olivia, que é uma cidade turística a 70 Km de distancia, lá esperava encontrar um Hostel ou um hotel barato.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Quando fui abastecer para seguir a viagem, mais uma noticia ruim, a patagônia esta ficando sem combustível, por conta de uma greve das petroleiras e do fim de ano. Aqui tinha combustível mas tinha fila e demorada.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>No Posto encontrei dois Belgas em 2 BMWs 800, O Rudy e a Sofia, muito gente boa, ficamos batendo papo em inglês por uma meia hora. Eles não tiveram problema de acomodação por que estavam com barracas.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Daí toquei para Caleta, na saída da cidade fui parado pela policia, eram os de verde da Gendarmeria, esses não são safados como os outros geralmente, pelo menos eu tenho sido muito bem tratado sempre por eles. Estavam apenas checando os documentos, foram como sempre educados e me deram informações precisas sobre a Ruta, e a falta de combustível.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Na inda até Caleta Olivia correu tudo bem apesar do vento a estrada é deserta e a beira mar muito bonita, pena não poder tirar fotos pois a câmera estava sem bateria. Cheguei em Caleta por volta de uma da tarde. Fui direto no posto de informação, La me indicaram uma espécie de pensão. Lugar muito simples porem acolhedor e limpo. A diária custava 75 pesos com café da manha e garagem coberta para minha querida companheira!<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>O dono o senhor Alberto é muito legal, bem como as duas senhoras que lá trabalham, o lugar chama-se Hostel El faro, fica de frete para a praia. Descarreguei a moto e apesar de muito cansado, agora estou sem dormir por mais de 48 horas, eu fui dar uma banda pra conhecer a cidade. É uma cidade pequena mas bem interessante, tudo bem arrumadinho e limpo. Aqui tambem o que manda é a industria do petróleo más o turismo tambem esta se tornando uma atividade importante pelo que comentaram.</span></div>Coelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6348552597816136183.post-59072567133214631092011-01-03T07:55:00.001-08:002011-05-17T14:19:52.049-07:0025 de Dezembro de 2010<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Pela manhã fomos eu Diogo e Matheus até o cachero (caixa eletrônico), depois abastecemos e pegamos a Ruta, eles na Bandeirante e eu na moto, o bom é que a estrada é uma reta só então eu adiantava, pois a moto anda mais rápido, e parava a cada 150 km mais ou menos, enquanto eu descansava e dava uma alongada os meninos chegavam e ai seguíamos a viagem.</span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Muito interessante esse trecho, estava tudo muito deserto, más não foi chato apesar de a estrada ser sempre igual. Entramos na Patagônia finalmente, e resolvemos pernoitar em Puerto Madryn, os meninos dormiram na Bandeirante e eu fui para um Hostel, da rede do Albergue da juventude (60 pesos ou 30 reais à noite), pena que fiquei pouco lá pois era um lugar muito jóia. Me colocaram num quarto com três meninas uma brasileira do RS e duas Argentinas, todas muito simpáticas e lindas. Conversamos pouco pois qdo. Eu cheguei já eram mais de meia noite e sai muito cedo enquanto elas dormiam.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Fui encontrar os garotos num posto de gasolina da Petrobrás, e de la fomos fazer um passeio na cidade. Puerto Madryn é um espetáculo, más com uma cidade turística tudo tem de pagar, fomos numa Loberia a uns 20 km da cidade, a V-Strom pegou seu primeiro trecho longo de Rípio, foi complicado pois tinha muita pedra e estava carregado. Mesmo reduzindo a pressão no pneu, é uma luta controlar a bicha. Quando estávamos voltando eu tentei acelerar um pouco más já levei um puta susto e quase fui para o chão. Depois de lutar um pouco com a moto consegui estabilizar e por sorte consegui dominar a situação e fazer o caminho de volta inteiro. A Loberia foi um novidade legal, era linda, e pena que não podemos chegar perto dos bichos que vimos de um mirante a uns 50 ou 70 metros de distancia. O lugar é muito bonito e bem cuidado como toda a cidade, custou 25 pesos para entrar. <br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
Depois da Loberia voltamos para cidade para almoçar e depois seguir viagem. Na cidade encontramos dois casais de brasileiros de São Paulo e Goiânia. Ambos com V-Strom, uma 1000 e outra 650, eles não estavam juntos e se encontraram na Ruta. O Casal de Goiânia, foi parado e extorquido pela policia de Entre Rios, perderam mais perto de mil reais, disseram que não fizeram nada de errado, porém diante da pressão eles como muitos pagaram para poder seguir viagem. O lance é o seguinte pelo que percebi. Quando fomos parados eu e Gustavo pela mesma policia, são os da Província os que vestem Azul, o Gus já começou aramar o barraco e os caras afinaram, acho que por isso não nos ferraram, como eu disse antes dei 10 pesos para o gordinho mais a título de brincadeira e pra pegar um jornalzinho que distribuíam. Acho que se você ao menos demonstrar uma reação eles afinam, foi o que aconteceu as três vezes que nos pararam o Gus peitou os caras e eu fui na onda...<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
Bom saímos tarde de Puerto Madryn, eu Diogo e Matheus e resolvemos tocar até onde fosse possível. Por volta das 8 da noite paramos em um posto e os meninos resolveram dormir lá. Como estava ventando muito e eu queria tomar um banho, resolvi então me separar dos meninos. Pedi a eles que levassem para mim para o Brasil uma Mochila de coisas que eu não usaria e estava me atrapalhando e eles muito gentilmente aceitaram fazer esse grande favor. Como eu falei os meninos são muito gente boa e como eles encontrei varias pessoas assim.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
Aliviado segui viagem, logo entrou um vento fortíssimo, e me arrependi muito de continuar a viagem nessas condições os últimos 140 km foram trash, tive de tocar a 50 km/h de media lutando muito contra um vento terrível, muito perigoso e não recomendo fazer isso que fiz. O melhor teria sido parar no posto com os meninos ou no único posto que eu encontrei pelo caminho. Não o fiz e em poucas horas ia me arrepender muito disso.</span><span style="font-family: Times New Roman;"> </span></div>Coelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6348552597816136183.post-70122655882166766692010-12-26T04:56:00.001-08:002011-05-17T14:12:27.606-07:0024 de Dezembro de 2010<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Segui para Bahia Blanca pela Ruta 74, o dia foda muito vento, e muito sol, alem disso tive uns problemas que estragaram o dia.</span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Bom más o ponto positivo é que ao chegar em Bahia Blanca, peguei um Hostel e pouco depois chegaram dois caras de São Paulo, o Matheus e o Diogo que estão indo a Ushuaia tambem numa Toyota Bandeirante 89, posso dizer que os meninos salvaram a viagem de certa forma, resolvi então continuar a trip com ele por algum tempo.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Muito interessante como essas coisas se processam na viagem, estando na estrada de moto você vai rodando e conhecendo gente, que naturalmente vai se aproximando e fazendo amizade. É muito bacana isso!<br />
Bom depois de ligar para meu pai, e dar uma beijo nele e desejar Feliz Natal, fui com os meninos comer uma lanche, e conversar um pouco. Depois disso e fui dormir e preparar tudo novamente, para sair de manhã, é uma missão, na próxima vez venho com um terço dessa carga.</span></div>Coelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6348552597816136183.post-6341029912953753912010-12-26T04:31:00.001-08:002011-05-17T14:10:21.855-07:0023 de Dezembro de 2010<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Acordei cedo e fui mandar lavar umas roupas e o macacão que esta fedendo muito.</span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Dei umas voltas por Azul e uma navegada na net, pois La Posta estava fechada, fui almoçar num restaurante simples perto do Hotel, La encontrei umas professoras e um senhor muito simpáticos todos. Ficamos conversando e eles começaram a falar sobre a História de Azul, é impressionante como eles cultivam a cultura de um modo geral.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Me falaram que Azul é uma cidade Cervantina, ou seja que adotou a obra de Miguel de Cervantes como patrimônio da cidade. Me interessei pela história e então o señor Alejandro se ofereceu a me levar num parque municipal para ver umas estatuas de Don Quixote em seu cavalo e San Chupança em seu burrinho, lógico que aceitei e fomos depois do almoço ver as tais estatuas que eram muito bonitas realmente. São de um artista plástico de Azul que foi para a Europa e é consagrado lá.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Depois do passeio me despedi do meu novo amigo (são muitos agora), e fui a La Posta, como havia combinado com “Pollo”. Quando cheguei lá o cara já estava aprontado o lugar para outra festa com uma turma diferente dessa vez. Pollo aproveitou que eu estava “sobrando”, e resolveu testar minhas habilidades, me deu um formão cedo e um martelo velho e frouxo e pediu para que eu desbastasse o batente da porta de entrada que estava emperrando. Topei depois de explicar que não manjava muito do riscado, ele disse que tudo bem, e então agora a rusticidade de La Posta Del Viajero em Moto de Azul agora tem um toque Brasileño que combinou bem com o conjunto!<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Depois disso voltei para o Hotel e fui tomar um banho, começou a cair uma chuva forte, e por volta de umas 7 da noite, chegou um americano chamado Vincent, com uma KTM 990, vindo de Ushuaia, o cara é super sangue bom e depois de conversarmos um pouco, o convidei para ira a La Posta comigo, ele não conhecia o lugar, ficou curioso e resolveu me acompanhar. Foi jóia para mim destravar o meu inglês que não praticava tanto desde que sai da New Zealand.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Fomos até a festa na La Posta e era uma turma animada más não tão entrosada como a do dia anterior, eu e o Vincent ficamos meio de lado e ele me passou varias informações de Ushuaia e falou sobre sua trip que já dura mais de um ano desde a Califórnia.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Voltamos para hotel e fui arrumar a tralha para decolar de manhã.</span><br />
</div>Coelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6348552597816136183.post-7040403387963472522010-12-23T14:23:00.001-08:002011-05-17T14:01:13.918-07:0022 de Dezembro de 2010<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span></span></span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: Calibri;">Acordamos as 08:00 horas e pegamos a Ruta pelas 09:00 da manhã para Azul. Alguns trechos estavam um pouco ruins e a maior parte do tempo a estrada era de pistas simples, com retões de vários quilômetros. Teve tambem bastante movimento de máquinas agrícolas a baixíssima velocidade o que tronou a viagem um pouco estressante. O lado positivo foi que a instabilidade na moto do Gus melhorou bastante, e passamos a rodar numa média de 110 km por hora, agora acho que a coisa esta relacionada com o balanceamento da roda.</span></span><br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>No caminho passamos rapidamente pela cidade de Chivilicoy, para visitarmos Guillermo e sua família. Amigos do Gustavo, que nos receberam muito bem. Depois de um bom papo e um descanso de hora e meia mais ou menos seguimos viagem.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Ao chegarmos a Azul, fomos direto a La Posta del Viajero en Moto, e conheci pessoalmente o Jorge “Frango” ou “Pollo”, o carinha é super gente boa, que nos convidou a ficar para um churrasco com outros integrantes deste moto Clube super bacana e totalmente informal. Gus não pode ficar pois estava com compromisso marcado com parentes e amigos em Tandil e Mar del Plata.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>E ai foi com dor no coração que dei tchau para o meu companheiro de viagem, e que grande companheiro ele foi sem dúvida.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Muito obrigado amigo Gustavo, pelo carinho da sua atenção, paciência e dicas que esteve me dando todos esses dias. Posso dizer que aprendi muito com ele, e espero poder praticar mais as dicas de pilotagem nas Rutas que me passou.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Peguei um Hotelzinho jóia em Azul na calle Bolivar, o Hotel Roma, que foi indicação do Jorge. Tomei um banho e voltei a La Posta para conhecer toda a turma. Foi novamente uma grande e grata surpresa, pois se tratava de um grupo se senhores uns 12, todos eles muito, mais muito gente finas mesmo, ficamos o tempo todo falando de viagens, motos e aviação. Muito bacana encontrar esses tipos que compartilham das mesmas paixões e interesses que eu. <br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Dentre eles estavam os Señores Jorge Scarpello e Nestor Bertora, o primeiro, é presidente do Aeroclube de Azul, e o segundo, o proprietário de um bi-plano com motor radial, raríssimo, um Fleet inglês, da década de 30. Ambos me convidaram para na volta ao Brasil, passar novamente em Azul conhecer o Aeroclube e fazer um vôo na raridade. Quando digo que eram gente fina, não era por pouco como se pode perceber. Para quem conhece de aviação sabe que essa é uma oportunidade única, que se tudo correr bem pretendo não perder.<br />
O churrasco (eles chamam Parilla), estava muito bom, assim como os vinhos que eles trouxeram. A festa foi até quase 1 da manhã e ai voltei para o Hotel.</span></span></div>Coelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6348552597816136183.post-71740980412823038742010-12-23T14:17:00.000-08:002011-05-17T13:53:00.929-07:0021 de Dezembro de 2010<span style="font-family: Calibri;">Saímos de Passo de Los Libres pela manhã, por volta de 8:00 com tempo bom, Os trechos de terra (barro) que pegamos no dia anterior já estavam secos, pegamos sol forte o dia todo, e na Ruta 14, fomos parados 3 vezes, pela Policia da Província (os de farda Azul), que são notórios pela corrupção, não deu outra, já vieram prontos para dar a mordida, quando Gus foi apresentar os documentos um deles já falou que não precisavam que estavam parando apenas para “pedir uma contribuição”. O Gus já engrossou e falou que não dava nada, más eu já desci da moto e fui tirando a maquina fotográfica e abraçando os “amigos”, ai já nos liberaram e eu por pena dei 10 pesos pra um gordinho risonho. A cena se repetiu, e ai eu extrapolei… rsss. Folguei com os caras, fiz uma festa e até subi na motinho deles e de novo tiramos fotos e saímos ilesos. Bom tirando essa ocorrências à viagem foi tranqüila até chegarmos em San Antonio de Areco, o que foi por volta das 19:00, lá mora o tio do Gustavo, o Señor Abel Costa, um senhor de uns 2 metros de altura, e uns 140 quilos. Ele é uma figura muito gentil e divertida.</span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Fizemos uma festa para celebrar o reencontro de tio e sobrinho, com uma Pizza e umas Empanadas maravilhosas. Comi até não poder mais. Fomos deitar tarde, de novo, para pegarmos estrada no dia seguinte.</span></div>Coelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6348552597816136183.post-71904124975708766232010-12-23T08:19:00.000-08:002011-05-17T13:49:15.250-07:0020 de Dezembro de 2010<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Acordamos 7:00 da manhã e chovia forte e eu nem levantei da cama, voltei a dormir até as 10 e continuava chovendo forte. Resolvemos então ficar em Paso de Los Libres, esse dia e descansar.</span></span><br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>De tarde fomos à cidade, já estava tudo fechando para a “ciesta”, almoçamos e demos uma volta na city, esperamos o comércio abrir até umas 4:30 da tarde a ciesta acabar e fomos comprar umas coisas. Gus comprou uma cuia de mate para o tio dele que vamos visitar e eu comprei um talco para chulé e um celular para falar aqui dentro da Argentina com um chip da Personal, que e a operadora de maior abrangência no pais. É para uma eventual emergência, pois dentro de dois ou três dias passo a rodar sozinho por lugares ermos, e se algo acontecer pelo menos conto com um celular que funciona bem no sistema daqui. Espero não precisar!</span></span></div>Coelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6348552597816136183.post-21417663989234421282010-12-23T08:17:00.001-08:002011-05-17T13:46:05.510-07:0019 de Dezembro de 2010<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Partimos de Posadas com destino a Paso de Los Libres, na província de Missiones isso não estava no meu “programa”, eu realmente estava afim de descer pela RN 12, e evitar a RN 14, que é famosa por ter uma das policias mais corruptas da Argentina, más como o Gus preferiu seguir por ela eu acompanhei. O cara é argentino e já fez 10 viagens por esse trajeto, que segundo ele é mais curto. Bem foram aproximadamente 350 km, realmente infernais… o calor estava medonho na primeira parte da viajem, tivemos de fazer duas paradas nos primeiros 150 km para entrar nas conveniências dos postos de gasolina, a primeira demoramos pouco más na segunda ficamos mais de uma hora para que eu me restabelece! Seguimos viagem e tivemos de parar novamente, desta vez porque topamos com uma puta tempestade se formando, entramos em uma cidadezinha, 100 km antes de Paso de Los Libres e o toró desabou chuva e vento muito forte, sem a menor chance de rodar nessas condições esperamos em torno de umas 3 horas no ligar para então seguirmos. </span></span><br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Com a pista molhada e com barro a velocidade do Gus caiu para 60 por hora, eu fiquei a ponto de enlouquecer, foi um stress muito forte que não foi culpa de ninguém, más estragou o dia. Para fechar com chave de ouro ao chegarmos em Paso de Los Libres por volta de 20:00 horas, fomos obrigados a pegar dois desvios pois a estrada estava sendo recapeada, era de terra ou melhor de lama e foi foda, estava um sabão, más graças a alguma coisa não caímos. Pegamos o primeiro hotel que vimos (nunca mais faço isso), fomos comer, tomar banho e dormir.</div></span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"></div></span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"></div>Coelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6348552597816136183.post-69160002538417098112010-12-23T08:14:00.001-08:002011-05-17T13:40:46.687-07:0018 de Dezembro de 2010<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Tudo empacotado… </span></span><br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Realmente agora vejo que estou trazendo muita tranqueira, devia ter diminuído a bagagem pela metade. Não da para manejar tudo andando de moto, estou com os três baús lotados, e uma mochila grande alem da bolsa de tanque que é das pequenas, más na hora de descarregar e carregar tudo é um saco.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Bem na fronteira correu tudo muito bem, apesar de não precisar do passaporte, aconselho a quem for fazer essa viagem que leve, pois é o documento ideal para viajar. Percebi que se fosse usar apenas o RG, o tramite seria maior, alem do fato de você precisar carregar um papel de visto de entrada que deve ser devolvido na saída. Eu depois que for entrar em Ushuaia vou fazer varias entradas e saídas da Argentina para o Chile e vice versa, acredito que o passaporte vai ajudar. <br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>No meio da viagem de Fóz do Iguaçu à Posadas, paramos em San Ignácio de Miní, na província de Missiones para visitar as ruínas das Missões Jesuíticas Guaranis, achei muito bacana, o tamanho do sitio que visitamos me impressionou, bem como o cuidado que agora estão tendo com a conservação do lugar. Alem dessa que visitamos existem dois outros sítios que não podemos visitar pela falta de tempo.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Seguimos para Posadas então e pude verificar que realmente a gasolina de melhor qualidade da Argentina rende muito mais, isso somado a tocada muito na manha do Gustavo, que esta com um problema de instabilidade na moto que ainda não conseguimos identificar a origem, faz com que viajemos a não mais de 100 por hora, sendo que a maior parte do tempo tocamos a 70, 80. O calor do dia de hoje foi terrível, no jornal daqui esta se falando que é uma “semanita no inferno”, a temperatura bateu fácil nos 45 graus, o que provocou exaustão no fim do dia.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Apesar de rodarmos poucos, caminhamos muito nas ruínas da missão de baixo do sol forte, e no fim do dia eu estava realmente perto de desmaiar, e isso não ocorre comigo com freqüência, alias nunca ocorreu que eu me lembre.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>A segurança vem em primeiro lugar, más andar equipado com a jaqueta, luva e calça nesse clima exige uma certa determinação.</span></span></div>Coelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6348552597816136183.post-15602849403896923912010-12-23T08:12:00.000-08:002011-05-17T13:28:39.118-07:0017 de Dezembro de 2010<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Estou postando atrasado, pois estou tendo dificuldade de conectar e como predisse o Adriano, não ta dando tempo mesmo. Más segue agora um pouco da viagem! </span></span><br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Fizemos a “carta verde”, depois de tentar fazer a mesma em diversos lugares aqui no centro de Fóz, nos disseram que o único lugar que faria a mesma para motos seria a MAGNA corretora de seguro que fica na BR-277, uns 5 quilômetros antes de chegar ao trevo de Fóz do Iguaçu. O corretor explicou que eles são os únicos licenciados mesmo para fazer esse seguro e que a seguradora responsável é a HDI seguros, eu paguei 205 reais por um período de 45 dias e o mesmo vale para os países do MERCOSUL. Na corretora aproveitamos para fazer um cambio de pesos com o corretor. Depois disso fomos às compras no Paraguai, um calor muito forte e andamos um bocado na mesma bagunça de sempre.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><o:p> </o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Voltamos para o Hotel, e em seguida demos um passeio na Avenida Brasil, mandamos lavar uns roupas numa lavandeira e agora estamos esperando chegar o momento de entrar na Argentina no sábado de manhã.</div></span><span style="font-family: Times New Roman;"> </span></span></div>Coelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6348552597816136183.post-85853315008405938202010-12-17T02:13:00.000-08:002011-05-17T13:24:51.545-07:0016 de Dezembro<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span></span></span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: Calibri;">Alívio</span></span><br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">O Gus finalmente chegou tarde da noite, pegou um tempo dos diabos, viajou com muita chuva por mais de 600 km, dos quase 800 que teve de cobrir no dia. </div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Bem finalmente nos conhecemos pessoalmente, até agora só havíamos conversado por internet. Grande figura, esse meu novo amigo, apesar da hora e evidente canseira, batemos um longo papo e fomos dormir mais de 2 da manhã. Conclusão, perdemos a hora para levantar e acordamos as 11:30.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">No apavoro para juntar toda a bagagem pagar o hotel e sairmos, acabei amarrando mal a bagagem e perdi o Tripé da maquina fotográfica prejú numero 2 da trip. Por outro lado achei o carregador de celular.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Partimos de Marília, por volta de 13:00 com o tempo nublado.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Pegamos a estrada nessa condição, e assim foi o tempo todo. Choveu bem em alguns trechos, más a estrada estava boa de uma maneira geral. Ao menos não estava muito quente. Paramos 5 vezes para abastecer as motos, esticar as pernas e comer. </div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Chegamos em Fóz do Iguaçu por volta de 02:00 da manhã, Gus achou um hotel rapidinho pois já conhece bem esse trajeto. Foram 750 km aproximadamente, a viagem não rendeu muito por conta da chuva e da pista molhada, estou tendo uma aula de direção com o cara. Sua tocada reflete sua personalidade, tranqüilo.</div><span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span>Espero realmente, conseguir adotar esse sistema dele, pois a viagem apesar da chuva, da pista molhada, e de se estender até a madrugada, correu muito bem. Alem disso com uma velocidade de cruzeiro baixa a moto chegou a fazer mais de 20 km por litro. Me surpreendi, já tinha ouvido falar nisso, más nunca fiz uma média boa assim até agora.<br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span><o:p> </o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Outra coisa, sou contra a pilotar a noite, espero que isso não volte a ocorrer com freqüência na viagem, porem, tocamos até essa hora, pois tínhamos apenas a Sexta feira para fazermos o cambio do real para o peso e o dólar, e a carta verde, se não fizéssemos esse documento na sexta, ficaríamos presos em Fóz até segunda, sem ela, não podemos sair do Brasil.</div></span></span>Coelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-6348552597816136183.post-43937794709321386442010-12-15T14:21:00.000-08:002011-05-17T13:18:07.459-07:00Primeiro dia na estrada!Olá Pessoal<br />
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Vou tentar fazer um relato aqui da viagem… <br />
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Embora o Adriano tenha me aconselhado a desistir do blog porque ele teme que isso prejudique o foco da viagem (concordo com ele), agora estou aqui preso no hotel pela chuva como poderam ver abaixo então vou passar um pouco de informação.<br />
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Começar relatando o dia de ontem tambem!<br />
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<span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">Dia 14 de Dezembro de 2010, passei o dia todo na oficina para trocar o pneu, velas, relação Óleo e filtro. Comprei um pedal para apoiar a perna mais estendida em função de os meus dois joelhos estarem machucados, coloquei o “Riser” de guidão para manter a postura mais confortável e tambem dois Baús laterais Givi e a brincadeira ficou cara!</span><br />
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<span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">Rodei com os pneus novos Michellin ontem de Pres. Epitácio até Pres. Venceslau, e gostei muito do resultado. São melhores que o Pirelli Scorpion que eu estava usando.</span><br />
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<span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">Chegando em casa voltei para arrumação da tralha o que me tomou o resto da noite, estou triste e com remorso de não ter dado atenção ao meu pai!</span><br />
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<span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">Dia 15 de Dezembro, acordei 8:00 embora tenha ido dormir mais de 2 da madruga, más não consegui dormir mais. Meu pai já havia saído mais cedo para trabalhar, e não o vi. Que pena o remorso só fez aumentar.</span><br />
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<span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">Terminei de arrumar um pouco das coisas e consegui fazer a proeza de esquecer os dois carregadores dos dois celulares… Pelo menos não os localizei na bagagem até agora. Os que me conhecem sabe da péssima cabeça que tenho.</span><br />
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<span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">Toquei para Marília onde estou esperando o Gustavo, um amigo argentino que vem de Belo Horizonte e que segue comigo até Mar del Plata. Não peguei chuva, más o tempo estava muito nublado, e a estrada entre Presidente Prudente e Oscar Bressane esta uma porcaria, muito buraco mesmo, depois melhorou até chegar em Marília, e passei por uma serrinha bonita, com umas curvinhas gostosas, pena não ter tirado fotos, estou com um misto de alegria, tristeza e preocupação.</span><br />
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<span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">Para completar cheguei a Marília, por volta das 16:30, e quando estava abastecendo no posto da cidade, subi na pedaleira esquerda da moto (a que apóia o pé para trocar a marcha) e ela quebrou… Eu gelei… Tudo na Suzuki V-Strom custa caro e é difícil de encontrar, além disso eu teria de localizar a loja na cidade antes do dia terminar pois temos se chegar em Fóz amanha dia 16, caso o contrário não conseguiremos fazer a “carta verde” para entrar na Argentina. </span><br />
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<span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">Finalmente consegui achar a concessionária Suzuki pouco antes de fecharem, e o dono um rapaz de nome Paulo, foi muito prestativo e apesar de não ter a pedaleira original colocou outro excelente de outra marca por ser adaptado e cobrou 80 reais o que achei razoável, e alem disso o atendimento da turma da Suzuki foi impecável. Me ajudaram até a localizar um hotelzinho muito bom e o melhor de tudo barato. Não tem garagem más a senhora que estava na recepção me permitiu colocar a moto o corredor de entrada do Hotel!</span><br />
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<span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">Bom, continuo aqui aguardando o Gus e torcendo para que ele esteja fazendo uma boa viagem. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Calibri","sans-serif"; mso-ansi-language: EN-US;">Vou aproveitar e dar uma internetada e comer algo!</span><br />
<o:p> </o:p><br />
Desculpem os erros de ortografia más nesse netbook eu não tenho o corretor de texto... hahaha<br />
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Abração a todosCoelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6348552597816136183.post-79546365568272157312010-12-13T17:49:00.000-08:002011-05-17T13:04:42.690-07:00Saindo para Ushuaia...Hoje é noite de segunda feira, 13 de dezembro de 2010 e estou aqui sem dormir, angustiado com a espera do momento da partida para minha primeira viagem de moto internacional. Sigo quarta feira dia 15 para Marília, SP onde encontro o companheiro Gustavo, de lá iremos para Fóz do Iguaçu e então entramos na Argentina. Gus me acompanha, ou melhor, eu acompanho o Gus até Mar del Plata, onde ele fica para visitar familiares e eu sigo solo com destino a Ushuaia. Pretendo ainda na volta, subir até o Deserto do Atacama, porem isso vai ser definido mais para frente, em função das condições de tempo, físicas e principalmente financeiras em que me encontrarei quando estiver alcançado Santiago capital Chilena.<br />
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Nem tudo esta pronto, amanha passo mais um dia na oficina do amigo Andrei em Presidente Epitácio, a Cazzunati, Rally Motos, dando os últimos tratos na minha companheira de trip. Uma Suzuki V-STROM DL-1000, preta fosca (evelopei), super-mega-equipada e lindona... rsss<br />
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Não sei se vou conseguir dar prosseguimento nesse Blog, pois é tambem minha primeira tentativa, más espero com ele poder manter registro da viagem e trazer aos amigos e familiares fotos, impressões e informações sobre essa minha aventura!Coelho na estradahttp://www.blogger.com/profile/16562692587817149455noreply@blogger.com15